O dia nunca mais amanheceu,
A neblina nunca mais dissipou
E na
minha cabeça corria um motim.
Como sempre, é verdade,
A indecisão pairava sobre
mim
Como uma aurora sem cor
E o medo de avançar persistia
E aprisionava os meus
pés
Os meus pés sobre o solo pantanoso.
Não é medo, nem dor, como outrora senti.
Travo uma contenda agora com a dúvida,
Que me acorrenta numa encruzilhada
Numa encruzilhada cruel e traiçoeira.
E o vento abana a ponte de
cordas
E não me deixa prosseguir.
Estou sem norte, nem sul.
Não tenho medo, na
verdade,
Só preciso prosseguir, nada mais.
Quiçá para aqui, ou para acolá…
Só
quero prosseguir. É tudo o que eu desejo.