Na colheita revivemos o semear.
Se uma nuvem negra
Nos paira sobre a cabeça
É semente da semeadura.
Plantar pranto...
Colher pena.
Colher mágoa.
Colher dor.
Mas nem tudo é plantado por nós.
Há quem ceda os seus alqueires a quem for
Na colheita revivemos o semear.
A terra é nossa e o solo sente
O rasgar da semente
A raiz a terra a perfurar.
(Em terra fértil e boa
A chuva penetra e escoa
Sendo a semente boa ou má.)
Mas plantar pranto...
É colher pena.
É colher mágoa.
É colher dor.
Mas nem tudo é plantado por nós.
Há quem ceda os seus alqueires a quem for
Na colheita revivemos o semear.
O dia da colheita boa chega
Com o semeador de amor chega
E mostra à terra o que é amar.
E nunca mais se planta pranto
Pois é colher mágoa,
É colher pena,
É colher dor.
Ceda os seus campos a quem semeia o bem
Para que nos seus campos só se colha amor