Alvitrada está a flecha.
Tenho metas,
Tenho anseios,
E pretensões.
Pois nada eu fiz (nem faço) em vão.
Mas as raízes me oprimem.
Esgalham-me as plumas,
Amordaçam-me a alma,
Vendam-me os gázeos.
E de oceano me cingem, longe das luzes.
Amparo, eu sei, bem…
Digo até que é amor.
Mas constrange, inebria
Como a névoa baixa ao alvorecer.
E me agrilhoam no orbe que não me incumbe.
Até quando será assim?
Escoar-se-á toda a areia da ampulheta,
E nada deveras fui?
E agora?
E depois?
Agrilhoaram-me ao reflexo no espelho
De devaneios projetados em mim.
Não alcançam que sou um comum mortal
Nesta humilde forma, enclausurado aqui…
E sei que tenho muito para compor, perto das
luzes, e vou.