sábado, 28 de junho de 2014

Sete Peles no Espelho


É como eu sou.
Felizmente. Infelizmente.
Algemo-me ao sonho.
Ao sonho dos outros.
Não aos meus. Sim aos deles.

É como eu sou.
Fatais pecados da mente.
Tudo por carinho.
E eu vivo neutro.
Alma, espelho das sete peles.

E esta inveja que me consome
Enjoa e expele as minhas entranhas
E engole a dor de carregar este nome
 Em cristal, lágrimas que formam montanhas

Todo rio cursa um curso,
Nunca escolhe a sua foz.
Leito: terra rasgada em lama,
Fado em corrente forte.
Manto d’água que desagua no mar

E o vento afaga…
Sopra o perfume da flor da sepultura
Viver dói e o dia não acaba.
Sepultem-me hoje, para que não sangre minha alma pura.

E esta inveja que me consome
Enjoa e expele as minhas entranhas
E engole a dor de carregar este nome
 Em cristal, lágrimas que formam montanhas

É como eu sou.
Fatais pecados da mente.
Tudo por carinho.
E eu vivo neutro.
Alma, espelho das sete peles.








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