terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Efemérides



É porque tudo na vida tem um porquê, sabe.
Até mesmo a felicidade.
Há sempre um preço a pagar, um pacto a fazer.
Até mesmo para feliz se ser.

A nossa sina talvez seja essa.
Deixemos que tudo aconteça.

Agora senta ao meu lado.
Vê o rio correr.
Que flua nele o nosso fado
De foz breve, se assim tiver de ser.

Vamos fluir com ele.
Mesmo sendo a foz breve,
Se assim tiver de ser.

Olha lá à frente: vê o barco de papel?
Não se afundou o frágil batel.
É esperança que não verte, não derrama.
É sossego de alma que a paz proclama.

A nossa sina talvez seja essa.
Vamos deixar que tudo aconteça.

Agora senta ao meu lado.
Vê o rio correr.
Que flua nele o nosso fado
De foz breve, se assim tiver de ser.

Vamos fluir com ele.
Mesmo sendo a foz breve,
Se assim tiver de ser.

Agora não chores mais: sussurro-te a sorrir
Consolo-te no meu regaço
O teu pranto escorre para o rio a fluir,
Os olhos secam eu te envolvo num abraço.

A nossa sina talvez seja essa.
Vamos deixar que tudo aconteça.

Agora senta ao meu lado.
Vê o rio correr.
Que flua nele o nosso fado
De foz breve, se assim tiver de ser.

Vamos fluir com ele.
Mesmo sendo a foz breve,

Se assim tiver de ser.

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